quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Terminou o espectáculo VINHO VADIO no Teatro Trindade.
Como é de vinho vadio que se trata o artista «diseur» João Brás embebeda-se (salvo seja!) durante a exibição com uma jeropiga carrascona, e depois troca tudo no passo cambaleado, e já não se percebe onde começa Baudelaire e acaba Álvaro de Campos.
Há até um ou outro poeta que não aparece dito nas sequências, ainda que esteja escarrapachado e divulgado nos programas e nas colunas do Teatro. Deverá ser o mais borracho mas nem é cantado nem tocado pelos guitarristas e violinista, transformados estes em fantasmas, certamente por causa da ressaca das noites inebriadas.
E é por isso que o espectáculo é fenomenal, um fenómeno lisboeta, genuinamente vadio, finoriamente alfacinha.
Armando figueiredo (Daniel cristal)

Obrigado ao poeta Rogério

in
http://poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt/90949.html

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Vinho Vadio



"Vinho vadio, um espectáculo etílico"

Desde os tempos mais remotos, o vinho tem desempenhado um papel de relevo em quase todas as civilizações. Repleto de simbologia, impregnado de religiosidade e de misticismo, o vinho surge desde muito cedo na literatura. tornando-se fonte de lendas e inspiração de mitos e neste caso inspiração para um espectáculo.

Se o vinho tem o poder de encher a alma de toda a verdade, de todo o saber e filosofia, a poesia é a materialização em palavras de todos esses pensamentos. Assim, fermentado com as palavras que os poetas nos deram e com algumas notas de boa disposição, surge este "vinho vadio".

Com um teor musical leve onde se sente a sonoridade do fado, "Vinho vadio" é preparado a partir de "castas universais" – Charles Baudelaire, Joanne Harris, Pablo Neruda, Álvaro de Campos entre outros.

Para desfrutar à mesa de um restaurante ou bar, nas caves de uma adega ou na cadeira de um pequeno auditório e mesmo entre os livros de uma biblioteca, "vinho vadio" tem a virtude de falar livremente do vinho e do fado da nossa vida, e dos caminhos que trilhamos no nosso quotidiano.

"Vinho vadio", é um espectáculo para "beber" em boa companhia.
Uma homenagem ao vinho, servido com alguma moderação.